
Tomara que a neblina das circunstâncias mais doídas não seja capaz de encobrir por muito tempo o sol. Que toda vez que o meu coração se resfriar, e a respiração se faz áspera demais, eu possa descobrir maneiras para cuidar dele. Que lá no fundo mais fundo do mais fundo abismo me reste sempre uma brecha qualquer para ver também um pouco de céu.
Tomara que meus enganos mais devastadores não me roubem o entusiasmo para semear de novo. Que a lembrança dos pés feridos quando, valentes, descalcei os sentimentos, não me tire a coragem da confiança. Que o medo exista, mas que não tenha tamanho para esconder o meu amor.
Tomara que eu não desista de ser quem sou por nada nem ninguém deste mundo. Que as mentiras alheias não confundam as verdades, mesmo que sejam impermanentes. Que, mesmo quando estiver doendo, que eu não perca de vista nem de busca a ideia da alegria.
Tomara que apesar dos apesares todos, dos pesares todos, eu continue tendo valentia suficiente para não abrir mão de uma vida talvez feliz.
Tomara.
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